Um precioso diário para guardar aqueles momentos inesquecíveis que os livros e a leitura proporcionam para os pequenos e grandes leitores da biblioteca escolar!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Morada temporária na Biblioteca: "Eu quero alugar a biblioteca em janeiro!"

O fato aconteceu na hora do recreio quando a pequena, aquela que é apaixonada pelos livros do Garfield, entrou na biblioteca para conversar.

A bibliotecária disse:
- Pequena está querendo que chegue logo as férias?

A pequena com uma resposta rápida:
- Eu não! Eu quero alugar a biblioteca em janeiro! Eu quero morar aqui, para ler vários livros! Vocês podem ser as minhas servas, cuidar de mim, me dar banho, pentear o meu cabelo... pode fazer a minha comida na cantina da escola... Amanhã vou trazer R$ 1.000,00 para alugar a biblioteca!

Falou isso e saiu rindo toda contente e com toda a certeza do imaginário infantil!!!!

A outra pequena que viu todo o ocorrido replicou com seu tom de uma apaixonada por livros:

- Eu queria essa biblioteca toda no meu quarto e reservou o livro do Ziraldo para ler no outro dia!!!



Como é interessante essa relação afetiva que o livro proporciona na vida da criança. A presença do livro promove uma aproximação familiar - quando uma criança pega emprestado o livro na biblioteca e leva para casa e pede os pais para lerem. O livro proporciona uma integração social através da troca de saberes entre os indivíduos. O livro em si, já é uma troca entre escritor e leitor que conversam e refletem juntos!




Achei um blog que mostra crianças dormindo em uma Biblioteca Municipal de Portugal:



domingo, 9 de dezembro de 2012

Sugestão do livro: "O pote vazio" de Demi.

Dias atrás uma professora de artes que substitui uma outra que está de licença, pediu uma sugestão de um livro para ler para os alunos.
- Gostaria de um livro com uma leitura fácil, para ler para os alunos do 2º ano, indicaram Ruth Rocha...
- Professora, tem um livro que eu gosto muito que é "O pote vazio" trata sobre o valor da honestidade de uma criança, tem lindas ilustrações e leitura rápida para trabalhar em uma aula.

Indiquei esse livro porque além de ser um dos meus preferidos, trata sobre a questão da honestidade e o que essa virtude tão importante pode oferecer para  vida de uma criança.
A professora adorou a sugestão! Quando viu o livro e as ilustrações teve a ideia de fazer origami, criar uma atividade de desenho com flores...

Como é bom suprir as necessidades de uma usuária/leitora!

Como é bom os professores usarem o acervo da biblioteca para oferecer boas leituras para os alunos!



Há muito tempo, na China, vivia um menino chamado Ping, que adorava flores. Tudo o que ele plantava florescia maravilhosamente. Flores, arbustos e até imensas árvores frutíferas desabrochavam como por encanto.

Todos os habitantes do reino também adoravam flores. Eles plantavam flores por toda a parte e o ar do país inteiro era perfumado.
O imperador gostava muito de pássaros e outros animais, mas o que ele mais apreciava eram as flores. Todos os dias ele cuidava de seu próprio jardim.
Acontece que o imperador estava muito velho e precisava escolher um sucessor.
Quem podia herdar seu trono? Como fazer essa escolha?
Já que gostava muito de flores, o imperador resolver deixar as flores escolherem.
No dia seguinte, ele mandou anunciar que todas as crianças do reino deveriam comparecer ao palácio. Cada uma delas receberia do imperador uma semente especial. – Quem provar que fez o melhor possível dentro de um ano – ele declarou – será meu sucessor.
A notícia provocou muita agitação. Crianças do país inteiro dirigiram-se ao palácio para pegar suas sementes de flores.
Cada um dos pais queria que seu filho fosse escolhido para ser o imperador, e cada uma das crianças tinha a mesma esperança.
Ping recebeu sua semente do imperador e ficou felicíssimo. Tinha certeza de que seria capaz de cultivar a flor mais bonita de todas.
Ping encheu o vaso com terra de boa qualidade e plantou a semente com muito cuidado.
Todos os dias ele regava o vaso. Mal podia esperar o broto surgir, crescer e depois dar uma linda flor.
Os dias se passaram, mas nada crescia no vaso. Ping começou a ficar preocupado. Pôs terra nova e melhor num vaso maior. Depois transplantou a semente para aquela terra escuta e fértil. Esperou mais dois meses e nada aconteceu. Assim se passou o ano inteiro.
Chegou a primavera e todas as crianças vestiram suas melhores roupas para irem cumprimentar o imperador. Então correram ao palácio com suas lindas flores, ansiosas por serem escolhidas.
Ping estava com vergonha de seu vaso sem flor. Achou que as outras crianças zombariam dele por que pela primeira vez na vida não tinha conseguido cultivar uma flor.
Seu amigo apareceu correndo, trazendo uma planta enorme:
- Ping, disse ele, você vai mesmo se apresentar ao imperador levando um vaso sem flor? Por que não cultivou uma flor bem grande como a minha?
- Eu já cultivei muitas flores melhores do que a sua, disse Ping.
- Foi essa semente que não deu nada.
O pai de Ping ouviu a conversa e disse:
- Você fez o melhor que pôde, e o possível deve ser apresentado ao imperador.
Ping dirigiu-se ao palácio levando o vaso sem flor.
O imperador estava examinando as flores vagarosamente, uma por uma. Como eram bonitas! Mas o imperador estava muito sério e não dizia uma palavra.
Finalmente chegou a vez de Ping. O menino estava envergonhado, esperando um castigo. O imperador perguntou:
- Por que você trouxe um vaso sem flor?
Ping começou a chorar e respondeu:
- Eu plantei a semente que o senhor me deu e a reguei todos os dias, mas ela não brotou. Eu a coloquei num vaso maior com terra melhor, e mesmo assim ela não brotou. Eu cuidei dela o ano todo, mas não deu nada. Por isso hoje eu trouxe um pote vazio. Foi o melhor que eu pude fazer.
Quando o imperador ouviu essas palavras, um sorriso foi se abrindo em seu rosto e ele abraçou Ping. Então ele declarou para todos ouvirem:
- Encontrei! Encontrei alguém que merece ser imperador!
- Não sei onde vocês conseguiram essas sementes, pois as que eu lhes dei estavam todas queimadas. Nenhuma delas poderia ter brotado. Admiro a coragem de Ping, que apareceu diante de mim trazendo a pura verdade. Vou recompensá-lo e torná-lo imperador deste país.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

"Aqui não tem nada legal para fazer!" Hum?! Como assim...?! x "A menina que odiava livros"

Uma das horas mais agitadas na biblioteca é a hora do recreio! Crianças vão lá para ler, jogar xadrez, dama, desenhar, conversar, brincam de escolinha, pesquisam e tantas outras atividades que a criançada adora fazer...

Mas, um dia desses na hora do recreio chegou dois pequenos do 1° ano, um pegou logo um livro de literatura e o outro olhou para as estantes e disse para o outro: 
- Vamos descer para o recreio, aqui não tem nada legal para fazer!
Ouvi essa pérola de criança e disse:
- Aqui tem muita coisa legal para fazer?!
Estava perto da caixinha de histórias em quadrinhos e gibis. Peguei a caixa e disse:
- Olha essa caixinha, tem histórias muito divertidas!
O menino viu uma revista em quadrinhos da Liga da Justiça da Marvel, os olhos dele brilharam e ele pegou logo para ler, e disse:
- Que legal!
Eu aproveitei a oportunidade e disse:
- Viu na biblioteca tem muita coisa legal para fazer!
E ele disse:
- É mesmo!
O menino ficou lendo até o termino do recreio.

Através deste fato lembrei do livro, A menina que odiava livro, de Manjusha Pawagi. 

Conta a história Meena, uma garota que simplesmente odiava os livros. Mas ela não conseguia ficar longe deles, porque em sua casa eles estavam por toda parte: nos armários da cozinha, nas gavetas, nas mesas, nos guarda-roupas e nas cômodas. Estavam também sobre o sofá, alguns entulhados na banheira e outros empilhados nas cadeiras.
Mas um dia o gatinho de Meena derrubou uma pilha enorme de livros infantis. Abertas pela primeira vez, as páginas dos livros libertaram os personagens e animais das histórias, que invadiram a sala, fazendo uma grande bagunça. Esse acontecimento mágico fez Meena viajar pelo fantástico mundo da literatura.

No link abaixo você encontra o e-book:

Fonte da sinopse: